Morador de Juquitiba vai à ALESP pedir por nova integração na Vila Sônia
Um morador de Juquitiba viajou cerca de 70 quilômetros entre o município da Grande São Paulo e a capital para pedir a deputados estaduais que ajudassem na criação de uma nova integração na Estação Vila Sônia. O pleito é para que linhas da região sudoeste da Grande São Paulo, que foram cortadas na Estação Vila Sônia, ganhe integração tarifária com o metrô ou com outras linhas de ônibus. Ele esteve na casa na última semana.
De acordo com Wagner Melo, que mora em Juquitiba e administra a página “Mural da Cidadania“, a medida adotada pelo Governo de São Paulo é injusta. “Não é legal tirar as linhas de Pinheiros e obrigar os passageiros a pagar outra passagem para chegar lá”, comentou. Sendo assim, ele elaborou um ofício e o levou aos gabinetes de diversos deputados paulistas. No documento, ele explica a situação do transporte na região após a mudança.
Wagner sugere que os trajetos originais voltem, ou que haja uma integração mais benéfica ao passageiro, como ocorre em outros terminais – como o Campo Limpo, Grajaú ou Sacomã, por exemplo. Ele relata ainda que conseguiu protocolar o pedido junto a diversos deputados. Contudo, ele conta que recebeu atenção especial no gabinete da deputada Mônica Seixas. Ele conseguiu mais de 15 carimbos e assinaturas de deputados dos mais diversos partidos.
Problema de milhares
Conforme mostramos em matéria publicada em Maio, a abertura do Terminal Vila Sônia trouxe mais gastos a parte dos moradores da região. Isso porque, com o corte em linhas da EMTU que antes iam até Pinheiros, os usuários precisam pagar outra passagem para chegar ao bairro. O gasto extra pode chegar à casa dos R$1.400 por ano para quem possuir o Cartão TOP – que faz a tarifa do metrô cair para R$2,90 caso tenha usado um ônibus da EMTU antes.
Os cortes envolveram uma série de linhas oriundas de Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Taboão da Serra, com destino à Zona Oeste. Um dos principais motivos é o contrato cerebrado pelo Governo de São Paulo com a ViaQuatro, empresa que opera a linha 4 – Amarela de metrô. Nele, há uma cláusula que estabelece as linhas da EMTU como “risco de perda de receita e demanda”. Dessa forma, o corte de certas linhas da EMTU eliminaria este “risco”.
No entanto, cabe ressaltar que o corte ocorreu também em linhas que não estavam neste contrato – como é o caso de algumas ligações com as cidades de Carapicuiba, Cotia e Osasco. Além disso, as linhas vindas destas cidades não passaram por corte de tarifas; como ocorreu em linhas de Embu e Taboão.
O que diz o governo
A EMTU classifica estes seccionamentos como parte de uma reorganização no transporte da região. “O objetivo da medida é melhorar as condições de trânsito e a fluidez do sistema de transporte público”, diz a estatal.
O portal Linhas Metropolitanas questionou a Secretaria de Transportes Metropolitanos sobre a criação de certas integrações que mitigariam este aumento de custos aos passageiros. Em resposta, a pasta disse que a EMTU está analisando o comportamento da demanda após o corte nas linhas, “a fim de realizar os ajustes necessários para melhor atender os usuários”.
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