Prefeitura de Mogi comemora cancelamento de pedágio na Mogi-Dutra

A prefeitura de Mogi das Cruzes, na região do Alto Tietê, usou suas redes sociais para comemorar o cancelamento do pedágio na rodovia Mogi-Dutra. A publicação veio na última quinta-feira. De acordo com ela, a decisão foi tomada após reunião entre membros do Governo do Estado e da prefeitura.

A administração mogiana diz que houve um encontro no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, na Capital, para tratar do assunto. Lideranças políticas participaram dela, em protesto contra o pedágio na Mogi-Dutra. Além disso, cidadãos e jornalistas de Mogi também lutaram pela não instalação da praça. Ainda de acordo com a prefeitura, ele traria altos ônus a quem mora em bairros afastados e em cidades vizinhas, e quisesse ir ao centro de Mogi. Ela destaca ainda que a via passou por reforma em 2005, não precisando então da cobrança. “a nosso ver, não existe justificativa técnica para a implantação de uma praça de pedágio na rodovia”, disse em nota.

Em Maio, Mogi conseguiu suspender o edital da rodovia na justiça. Naquela época, ações tanto da prefeitura quanto de cidadãos pediam a suspensão do mesmo. “O tribunal considerou que o edital fere a autonomia da cidade, ao incluir vias de Mogi das Cruzes no projeto, sem a devida autorização do poder público municipal.”, pontuou a prefeitura. Por fim, ela diz que o próprio Vice-Governador de SP, Rodrigo Garcia, comunicou a desistência. A decisão veio em um período em que se discute a candidatura do atual vice ao governo de São Paulo em 2022.

Concessão

A praça de pedágio na Mogi-Dutra seria instalada devido a concessão da via, proposta pela gestão Dória. No pacote, a empresa que ganhasse a licitação teria o direito de explorar tanto a Mogi-Dutra quanto a Mogi-Bertioga, via que liga a Grande São Paulo ao litoral. De acordo com o edital, um dos pedágios ficaria no km 45 da Mogi-Dutra, o que iria dividir Mogi das Cruzes em duas partes.

Em setembro, o diretor-geral da ARTESP, Milton Roberto Persoli, participou de uma reunião da Assembleia Legislativa de SP (ALESP). Lá, ele afirmou que o governo está “bastante sensível” ao pedágio em Mogi. Ele disse ainda que técnicos estudavam uma melhor maneira de a concessão não prejudicar cidadãos mogianos. “O governo do Estado está bastante sensível a tudo isso, tanto que está sendo trazido pro estudo técnico. O pedágio de Mogi é um dos itens bastante sensíveis à análise e decisão do governo.”, informou.

A possível praça sofreu críticas de alguns deputados com bases na região, como Rodrigo Gambale e Estevam Galvão. “As pessoas que vêm de São Paulo, que trabalham em Guarulhos, as que trabalham no município de São Paulo, pagariam já um pedágio em Itaquá e dessa forma dez quilômetros pra frente já pagariam outro ali na Mogi-Dutra.”, disse Gambale.

Por fim, outro problema que o pedágio traria seria um aumento adicional nas tarifas de linhas da EMTU que passam por ali. Nas linhas da empresa, as tarifas tem um acréscimo dependendo do valor das tarifas dos pedágios pelos quais passam. Pela Mogi-Dutra, no trecho de Mogi, passam cinco linhas, que ligam Mogi a Arujá, Guararema, Santa Isabel e São Paulo: 200, 201, 206, 411 e 526.


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pedágio Mogi-Dutra

Redação

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