Ao menos sete empresas da Grande São Paulo já teriam reduzido a frota em operação
Foto: Redes sociais
Em meio à pandemia do novo Coronavírus, pelo menos seis empresa que operam linhas intermunicipais na cidade de São Paulo já teriam reduzido a frota de ônibus em operação, em relação à operação de dias úteis convencionais (antes da atual epidemia).
Diversos passageiros nos enviaram mensagens e também relataram em redes sociais a redução do número de ônibus em operação. A principal preocupação é que a diminuição acarreta, em alguns casos, em superlotação nos coletivos, gerando risco de contração da COVID-19 em meio à aglomeração que se forma.
De acordo com os relatos, as reduções aconteceram nas empresas Benfica BBTT, Ralip, Miracatiba, Viação Caieiras, Metra, Urubupungá e Vila Galvão. No caso da Urubupungá e da Viação Caieiras, passageiros de algumas linhas foram informados sobre quais horários elas estariam cumprindo. Já nas viações Benfica BBTT e Ralip, os passageiros foram orientados a acompanhar a localização e horários previstos de partida por meio de aplicativos. Nas demais, não vimos nenhum pronunciamento.
A EMTU comunica que as operadoras do transporte metropolitano sobre pneus não estão autorizadas a reduzir o número de viagens, e que os consórcios serão autuados em caso de descumprimento das determinações estaduais, mas algumas empresas parecem não ter respeitado o órgão estatal. No caso da Urubupungá, por exemplo, foi informado que as reduções foram feitas com autorização da própria EMTU.
Na última terça-feira (17), noticiamos que a Capellini havia adotado a tabela horária de sábado na operação de diversas linhas, o que deixou os ônibus muito cheiros e gerou diversas reclamações em redes sociais. Hoje, um passageiro nos relatou que a situação estava muito difícil, ontem a noite, na linha 239 – Cotia (Terminal Cotia) x Itapecerica da Serra (Jd. São Marcos) -, com intervalos chegando a 15 minutos e ônibus cheios. “Ontem [19] e hoje [20] mesmo esperando o Cotia no centro de Itapecerica, demora quase 15 minutos pras passar e quando passa está abarrotado, em uma linha que vários idosos utilizam (…)”, contou.
A expectativa é de que as novas medidas restritivas adotadas por algumas prefeituras, como a de São Paulo, causem queda na demanda. Na capital paulista, diversos estabelecimentos comerciais estão proibidos de realizarem atendimento ao público, podendo realizar apenas serviços internos, de portas fechadas. A exceção fica por conta daqueles que prestam serviços essenciais, como farmácias, supermercados, açougues, lojas de produtos para pets, entre outros. No entanto, nenhuma redução oficial no transporte público estadual foi anunciada pelo governo ainda.