Linha que ligava Mogi das Cruzes a aeroporto não deve voltar a rodar
A linha intermunicipal que ligava a cidade de Mogi das Cruzes ao Aeroporto de Guarulhos, a cerca de 46 quilômetros dali, não deve voltar a operar. A linha 800, criada em 2012 para que os moradores de Mogi pudessem chegar com mais rapidez ao aeroporto, foi paralisada com a pandemia de COVID-19.
Em 2019, antes de ser paralisada, ela contava com seis partidas por sentido nos dias úteis, cinco aos sábados e quatro aos domingos. Sua criação foi muito comemorada por moradores de Mogi das Cruzes, tanto que alguns até guardam com carinho recortes de reportagens que anunciaram a nova linha há nove anos atrás.
Com sua retirada de circulação, alguns trabalhadores do aeroporto se viram obrigados a criar grupos de carona em aplicativos de mensagens, para realizar seus deslocamentos diários. Outros precisaram recorrer a integrações, tendo que ir até o município de São Paulo para assim chegar ao terminal aeroportuário, utilizando ônibus ou trens.
De acordo com a Pássaro Marron, a linha foi paralisada devido a demanda insuficiente. Ela diz que a maioria dos passageiros eram trabalhadores de obras que estavam sendo executadas no aeroporto. Ela informa que, com o término das obras, o número de passageiros caiu drasticamente, inviabilizando a manutenção do atendimento. A empresa conta ainda que a paralisação da linha já vinha sendo tramitada junto à EMTU mesmo antes da pandemia estourar.
Alguns passageiros reconhecem que a demanda não era tão alta, mas destacam a praticidade e velocidade que a linha propiciava a eles. “Se não der para ser aquele ônibus [seletivo] (…), que eles colocassem um ônibus menor, um microônibus que fosse, um ônibus circular, igual o do Tatuapé, sem problemas. Mas que tivesse um meio de transporte pra gente chegar sem ter que fazer três baldeações né. “, contou uma passageira, que é comissária de bordo.
Com informações da TV Diário.
O problema de conceder um serviço de utilidade pública, que é o transporte coletivo, para a iniciativa privada é esse, que se enxerga apenas o lucro e deixa-se de lado o interesse social. Nessa horas a EMTU deveria exigir a manutenção por ser um órgão público. que deveria defender os interesses da população. Se a Pássaro Marron não quer continuar, que fosse encontrada uma alternativa pela EMTU, e não deixar que a vontade privada prevalecesse sobre o público.