Consórcio Bus+ diz ter frota em operação “bem superior à necessidade dos usuários”
Formado por seis empresas que operam o transporte intermunicipal na região de Campinas, o Consórcio Bus+ divulgou uma nota nesta semana na qual diz que a oferta de ônibus em sua área de operação está “bem superior à atual necessidade dos usuários”.
Segundo ele, desde o início do período de quarentena no estado de São Paulo, quando foi determinado o fechamento de escolas, creches, academias, bares e diversos outros tipos de comércio e serviços, mais de 70 mil passageiros pagantes deixaram de utilizar o transporte intermunicipal na região, o que significa que apenas 42,4% continuaram pegando ônibus, em relação ao início do ano.
A empresa diz ainda que, dos 352 ônibus que eram utilizados diariamente antes da pandemia, 202 continuam nas ruas, representando mais de 50% dos veículos em operação; o que acarreta em uma “defasagem grande entre a receita arrecadada com a venda de passagens e o custo do sistema”. O posicionamento do consórcio coincide com a fala de um vereador da cidade de Monte Mor, que alegou ter recebido diversas reclamações quanto à quantidade insuficiente de ônibus intermunicipais atendendo a cidade. Relembre:
Câmara de Monte Mor pede mais ônibus em linhas intermunicipais
Em meados de março, noticiamos que a Capellini, que é a empresa líder do Consórcio Bus+ e quem detém a operação da maior parte das linhas metropolitanas da região de Campinas, havia diminuído o número de coletivos em operação sem autorização da EMTU. Na ocasião, foi adotada a operação equivalente aos sábados nos dias úteis. Alguns passageiros relataram maior lotação nos veículos e nas filas de embarque por conta do enxugamento da operação feito pela empresa. A EMTU se limitou a dizer que “o Consórcio Bus+ (da qual faz parte a Capellini) não está autorizado a operar as linhas intermunicipais com redução de frota”, e que “se verificada a infração, o consórcio será autuado por não cumprir a programação determinada na Ordem de Serviço Metropolitano”.