Túnel do VLT gera reclamação de moradores por falta de segurança
O túnel do VLT da Baixada Santista, localizado na divisa dos municípios de Santos e São Vicente, tem gerado indignação nos moradores dos arredores. As reclamações são sobre a falta de segurança e descumprimento de leis de trânsito. Elas vêm desde o ano passado.
Os moradores dizem que o túnel tem sido utilizado como rota de fuga para criminosos que praticam roubos na região. Além disso, há a constante passagem de motos e bicicletas pelas vias onde passam os trens.
Outro ponto que preocupa os munícipes é o fato de o túnel ter virado um abrigo para moradores de rua. Segundo eles, isso acaba atraindo traficantes de entorpecentes, que realizariam vendas por ali.
De acordo com informações do Diário do Litoral, uma reunião para debater a questão foi realizada na última terça-feira, e contou com a participação de moradores e representantes do Ministério Público (MP), EMTU e Prefeitura de Santos. O MP informou que abriu um inquérito civil para apurar eventual omissão da EMTU quanto à questões contratuais de manutenção do túnel.
Representante da Associação dos Moradores do José Menino, João Carlos Gomes diz que ainda não foram alocados recursos para a execução das obras necessárias, que resolveriam parte do problema.
Dados os constantes problemas, de acordos com os moradores, uma equipe da guarda municipal de Santos necessita estar constantemente presente no local, até que alguma infraestrutura de segurança seja implantada.
A prefeitura de Santos, com o apoio da EMTU, chegou a instalar algumas vigas de concreto para tentar coibir a permanência de pessoas no local, mas a possível solução ainda está em fase de testes. “Não há uma solução única que resolva os problemas das pessoas em vulnerabilidade ou em uso de drogas, mas devemos partir pela redução de danos.”, disse o vereador Marcos Libório, que esteve presente no túnel.
Ele completa: “Ações coordenadas de segurança, saúde e assistência social são necessárias para enfrentarmos a situação naquele local.”
Problema dos dois lados
Tanto autoridades santistas quanto munícipes têm levantado a necessidade de incluir o lado vicentino nas ações,uma vez que cada lado do túnel fica em uma cidade. Sem vigilância ou barreiras físicas do lado de São Vicente, o acesso de pessoas estranhas à operação do VLT pode ser feito por ali.
“Permanecemos, inclusive, em contato com vereadores de São Vicente para que as ações avancem dos dois lados da divisa. Entendo que somente com alinhamento e união de esforços conseguiremos ter uma situação definitiva do problema.”, afirmou Libório.
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