ALESP segue tradição e aprova orçamento com menos recursos para EMTU
A ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo) seguiu a tradição de anos anteriores e aprovou um orçamento com menos recursos para a EMTU. A aprovação ocorreu na última terça feira, junto ao projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022. Sendo assim, o projeto segue para sanção ou veto do governador João Dória.
Para a EMTU, o montante aprovado para o próximo ano foi de cerca de R$145 milhões para investimentos. A quantia representa uma redução que gira em torno de 23%, em comparação com 2021. Por sua vez, o orçamento aprovado para a empresa para 2021 já havia passado por uma queda de 19% em relação a 2020. Além disso, para 2020, a gestão Dória – quando enviou o projeto de orçamento à ALESP no ano anterior – propôs um orçamento quase 40% menor em relação à 2019.
A maior parte dos recursos deve ter como destino o transporte da região da Baixada Santista, sobretudo o VLT. A região deve contar com pouco mais de R$100 milhões para o transporte que a EMTU gerencia por lá. Atualmente, a Baixada Santista passa por obras do VLT entre a atual estação Cons. Nébias e a futura estação Valongo. Todavia, de acordo com o documento enviado pelo governo, há recursos também para a continuação dos corredores “Guarulhos – Tucuruvi” e “Oeste”, mais especificamente no trecho entre os terminais Km 21 e Vila Yara.
Impactos
A queda nos orçamentos da estatal de transportes reflete, principalmente, nos projetos de novos corredores de ônibus, BRT’s e VLTs (Veículo Leve sobre Trilhos), bem como em suas execuções. Sendo assim, corredores como Itapevi – Cotia, Alphaville – Polvilho, Itapecerica – Vila Sônia, entre outros, não devem sair do papel tão cedo.
Dessa forma, regiões da Grande São Paulo como Cajamar e Sudoeste (que engloba Embu, Itapecerica, Taboão, Juquitiba, Cotia) – cidades que hoje não contam com uma rede dedicada de transportes, uma vez que não possuem transporte sobre trilhos, tampouco corredores de ônibus – devem seguir sem estrutura para os transportes por um bom tempo.
Vale lembrar que o orçamento encaminhado pelo governo à EMTU destina-se a cobrir custos com investimentos, além de reembolsos por alguns benefícios tarifários, como o passe-livre estudantil. Para o custeio de suas atividades corriqueiras de gestão e fiscalização, a empresa usa recursos próprios.
O projeto aprovado pela ALESP traz ainda aumento de recursos para algumas estatais, como o Metrô, que deve contar com 37% a mais.
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