Carapicuibanos também querem “lei anti-rabeira” na cidade
Os moradores de Carapicuíba, na região Oeste da Grande São Paulo, também querem uma lei que puna quem tenha a prática de “pegar rabeira” nos ônibus da cidade. A discussão começou após a cidade vizinha de Barueri adotar a lei, punindo com multa e remoção do veículo quem faça isso.
O debate começou inicialmente pela página “Programa Em Foco“. De acordo com ela, todos os dias há flagrantes de jovens a bordo de bicicletas adotando esta prática. “Vários acidentes já aconteceram em Carapicuíba e todos os dias um jovem é flagrado nessa prática ilegal que pode levar a morte.”, diz o coletivo. Além disso, munícipes relataram ainda que, na última segunda-feira, houve um acidente envolvendo um menino que tentou “pegar a rabeira” de um caminhão.
Moradores mostraram preocupação com a integridade física dos jovens e, principalmente, com o temor de que a culpa de eventuais acidentes recaia sobre os motoristas. Eles pedem ainda que os vereadores de Carapicuíba comecem a discutir projetos de lei que visem combater este costume. Por outro lado, parlamentares comentam que já houve tentativas de aprovação de projetos contra este comportamento, mas sem sucesso.
De acordo vereador Paulo Costa, o projeto não prosseguiu devido a falta de aprovações. “Esse projeto de lei já foi apresentado por um vereador, e a empresa que avalia se é viável ou não rejeitou”, alegou. Ele disse ainda que levaria a pauta novamente à Câmara.
Em Barueri, de acordo com a nova lei sancionada pelo Prefeito Rubens Furlan, a punição para quem for pego fazendo esse tipo de coisa é de R$421, além da apreensão do veículo em questão (bicicleta, patins ou patinete, por exemplo). Além disso, a lei prevê medidas educativas em escolas e nos próprios ônibus, alertando sobre os riscos.
Outros prejuízos
Além dos eventuais riscos à integridade e à vida de adeptos desta prática, há também prejuízos financeiros e operacionais por parte da operação do transporte coletivo. De acordo com uma reportagem do “Jornal de Barueri”, a BB, empresa que opera linhas municipais na cidade, chega a gastar cerca de R$700 por veículo danificado pelos infratores. Isso porque, com as tentativas de se segurar na parte traseira dos ônibus, partes como placas e ponteiras de para-choques acabam sofrendo danos.
Além disso, a empresa relata que precisa recolher os ônibus para manutenção sempre que isso acontece, causando, desta forma, atrasos e falta de veículos nas linhas. Segundo ela, em média, mais de 30 ônibus precisam passar por manutenção por esse motivo toda semana.
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