BR Mobilidade adota luz UV-C contra coronavirus

Foto: Divulgação/BR Mobilidade



A BR Mobilidade, operadora de ônibus municipais e intermunicipais, além do VLT, na Baixada Santista, está adotando um novo procedimento em combate ao coronavirus Sars-Cov2, que causa a COVID-19. A nova estratégia consiste na utilização de luzes ultra-violetas nos veículos.

Segundo a empresa, o método já é utilizado em várias metrópoles do mundo. Como as luzes devem atuar em ambiente escuro, a desinfecção desta forma está sendo feita à noite, enquanto os veículos estão nos pátios. Ela diz que o procedimento é feito todos os dias.

Esse tipo de higienização já é utilizado costumeiramente na área da saúde, como na limpeza de laboratórios e salas cirúrgicas. Resumidamente, as luzes ultra-violeta, dependendo de sua intensidade e considerando a quantidade de energia que carregam, têm a capacidade de causar danos ao material genético dos seres vivos, seja ao nosso DNA, seja ao DNA/RNA de micro-organismos, como vírus e bactérias. Dessa forma, a duplicação de uma célula e seu DNA são comprometidos, impossibilitando a reprodução da mesma. Uma exposição exagerada a luzes desse tipo pode nos causar, por exemplo, uma condição para o desenvolvimento do câncer.



No entanto, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) adverte que a luz ultra-violeta não deve substituir outras ações de desinfecção que já vinham sendo utilizadas, como a limpeza de ambientes com uso de bactericidas; visto que as luzes UV podem ser efetivas apenas em locais atingidos diretamente por elas. Os já conhecidos cuidados com a higiene pessoal também devem continuar sendo seguidos à risca.

“Não foram encontradas evidências científicas, até o momento, de que o uso de tecnologias baseadas em UV sejam eficazes no combate ao vírus SARS-CoV-2 em ambientes. Os estudos já conduzidos somente comprovam sua eficácia para desinfecção em condições conformacionais muito específicas, que exige exposição controlada em superfícies lisas e sem qualquer impedimento à exposição dos micro-organismos à UV,
tais como: rugosidade, sombra, absorção da luz por outras superfícies biofilme protetor dos micro-organismos, entre outras.”, diz a agência em nota.

Segundo a Zasso, uma das empresas que atua no fornecimento de equipamentos de emissão de luzes UV (e que fez testes no Metrô de São Paulo em Abril), o método foi aprovado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo), com a única ressalva de utilização correta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por parte de quem estiver aplicando, para que não haja danos à saúde.


Redação

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