CONISUD cobra do governo melhorias no transporte intermunicipal e o “não cancelamento de linhas”
O Conisud, consórcio formado pelas oito cidades da região sudoeste da Grande São Paulo (e da área 1 da EMTU, digamos assim – Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista), enviou na última semana um ofício à Secretaria de Transportes Metropolitanos e à Secretaria de Desenvolvimento Regional, ambas vinculadas ao governo do estado de São Paulo, solicitando mais atenção ao transporte intermunicipal na região.
Um dos pontos destacados pelo consórcio é a recente retirada de linhas intermunicipais por parte da Prefeitura de São Paulo. Como noticiamos nas últimas semanas, a região sudoeste perdeu duas linhas: a 009, que ligava Embu-Guaçu ao bairro Paulistano de Santo Amaro, e a linha 282, que liga a Juquitiba primeiramente à Rodoviária do Tietê e posteriormente ao Metrô Morumbi. No primeiro caso, por exemplo, o custo do deslocamento entre Embu-Guaçu e a região da Av. Guarapiranga dobrou, já que a 009 era a única linha intermunicipal que passava por ali. Agora, os passageiros precisam pegar uma linha intermunicipal e outra municipal para chegar lá, sem integração.
No documento, o Conisud solicita que linhas intermunicipais não sejam canceladas, sobretudo durante a pandemia do novo Coronavírus. Além disso, foram solicitados mais ônibus em circulação e que os coletivos só trafeguem com passageiros sentados. “temos recebido inúmeras reclamações dos munícipes sobre a prestação do serviço de transporte público no que tange às questões que estamos apontando, inclusive sobre o cancelamento de linhas, o que está provocando grande insatisfação e mobilização tanto dos usuários como de vereadores e prefeitos.”, disse o órgão.
A movimentação do Consórcio atente também a solicitação das administrações municipais. O presidente da Câmara de São Lourenço da Serra, vereador José Clarisvaldo, também enviou um ofício, mas endereçado à prefeitura da cidade, solicitando “união de forças” para tentar reverter a determinação imposta pela prefeitura de São Paulo. “Com o cancelamento da concessão de circulação dessa linha [282], nossa região foi brutalmente afetada com a falta de transporte, acarretando em sérios problemas para os nossos munícipes que dependem dessa linha para irem ao trabalho diariamente.”, comentou.