Motorista de ônibus muda rota para deixar PcD em seu destino
Um motorista de ônibus mudou a rota da linha que fazia para ajudar uma cadeirante a chegar em seu destino. O caso inusitado aconteceu na cidade de Praia Grande, na Região Metropolitana da Baixada Santista, no ultimo domingo. A passageira ia para um passeio com a família no “Portinho”, um espaço de lazer existente próximo a uma das entradas da cidade.
Leia Santos, de 32 anos, moradora do bairro Caieiras, tem distrofia muscular, uma doença genética que causa a perda progressiva de força da musculatura esquelética, prejudicando os movimentos. Ela embarcou em um ônibus da linha municipal 98, que faz o percurso entre o Terminal Tude Bastos e o Japui, alguns quilômetros à frente.
Ela conta que foi perguntada pelo motorista onde iria desembarcar, e respondeu que iria descer no Shopping Litoral Plaza. O centro de compras fica localizado às margens da Av. Ayrton Senna da Silva, uma via expressa de difícil acesso por parte de pedestres e ciclistas, por exemplo. Leia teria que passar com sua cadeira de rodas entre os carros em alta velocidade, uma vez que as “calçadas” não são acessíveis.
Sensibilizado, o motorista conhecido como “Gaúcho” lhe ofereceu ajuda, dizendo-a que a levaria até o “portinho” após desembarcar os demais passageiros na rota. Leia se disse surpresa ao ver o motorista informando seu supervisor que precisaria fazer uma rota diferente para ajudar Leia a chegar em segurança.
“Ele disse que o local onde iriamos descer (Em frente ao shopping) era muito distante, perigoso e o acesso com a cadeira de rodas seria difícil pois teria que ir pela rua, uma vez que as calçadas não são acessíveis e teríamos que arriscar andar pela pista dividindo espaço com carros, motos e etc. Disse que faria a rota dele deixando os passageiros e na volta entraria no Portinho para poder me desembarcar com segurança.”, contou a passageira.
Ela relatou ainda que “Gaúcho” foi recebido com palmas, não só pela família dela, mas também por outras pessoas que presenciaram a cena. “Vale ressaltar que meus familiares foram com seus próprios veículos. Eu não ando de Uber e nem de táxi pois a minha deficiência distrofia muscular causa muitas dores e os meus ossos são fracos, o que impossibilita de sair da cadeira de rodas, uma vez que em casa eu tenho um aparelho que me possibilita fazer as transferências de forma segura”, completou.
Internautas ficaram comovidos com a atitude do profissional, que ganhou elogios de conhecidos. “Não esperava outra atitude a não ser esta do Gaúcho, uma pessoa do bem e que demonstrou em um ato nobre, empatia pelo próximo.”, comentou um deles.
Com informações da página “BNT-PG“.